Concurso inédito de vídeos premiará adolescentes de 6 países que promovam o uso responsável da rede

"Tecnologia Sim. Conecte-se com responsabilidade"

A SaferNet, em parceria com autoridades e representantes de entidades
que combatem e previnem crimes cibernéticos contra crianças e
adolescentes, acaba de lançar o concurso ”Tecnologia Sim. Conecte-se
com Responsabilidade“. Acesse www.tecnologiasim.org.br

São Paulo, 17 de setembro de 2009 – Uma câmara na mão e muitas idéias
de como usar a Internet com segurança e responsabilidade. Adolescentes
que traduzirem em linguagem audiovisual sugestões sobre como evitar
riscos e navegar sem problema na rede podem concorrer a prêmios no
Brasil e ainda ser vencedor da etapa internacional.

O concurso “Tecnologia Sim. Conecte-se com responsabilidade” é a
primeira iniciativa do gênero no País a estimular adolescentes de 12 a
18 anos a refletirem sobre os riscos, as responsabilidades e as
possíveis soluções para a interação segura com a Internet por meio de
vídeo.

Seis países (Brasil, Argentina, Costa Rica, México, Paraguai e
Venezuela) estão promovendo, simultaneamente, a iniciativa. Os
adolescentes terão até o dia 15 de novembro para inscrever e postar
o(s) vídeo(s) por meio do site. www.tecnologiasim.org.br

Nesse endereço eletrônico, os interessados podem conferir critérios
para participar, dicas de como começar e muitas outras informações
podem ser conferidas pelo site. O vídeo deve ser realizado em grupo
(mínimo de 2 e máximo de 4 pessoas) e os adolescentes podem optar por
eleger um adulto para atuar como facilitador do processo de produção.

Não é preciso usar equipamento profissional. Vale lançar mão de
recursos do celular, da câmera fotográfica... Os adolescentes podem
usar personagens, pessoas, recorrer a animações, o que a imaginação
mandar. A produção audiovisual deve ter duração de, no mínimo, 1
minuto e máximo de 3 minutos. Serão premiados três grupos vencedores
no Brasil e esses também concorrerão ao prêmio internacional entre os
melhores vídeos dos 6 países envolvidos na iniciativa.

Os jurados nacionais irão avaliar as produções no período de 16 a 30
de novembro. A comissão julgadora reúne autoridades atuantes na defesa
dos Direitos Humanos, sobretudo, de Crianças e Adolescentes, e nomes
de referência no País. São eles: o Presidente da Associação Brasileira
dos Magistrados e Promotores da Infância, Juiz Eduardo Melo;
Procuradora da república do Grupo de Combate aos Cibercrimes do
MPF-SP, Melissa Blagitz; Promotora de Justiça de Investigação de
Crimes contra a Criança do MP-RJ, Ana Lúcia Melo; Chefe da Divisão de
Direitos Humanos da Polícia Federal, Leila Quintanilha; Presidente do
NIC.br, Demi Getschko; Presidente da Propeg, Fernando Barros;
Representante da rede Sou de Atitude, Nicole Verillo; Diretor de
Prevenção da SaferNet, Rodrigo Nejm, e Diretora de Comunicação,
Daniela Silva; Gestor de projetos da Petrobras, Fabrício Nunes;
Diretor de Comunicação da Google, Felix Ximenes.

¨Precisamos gerar situações positivas como esse concurso. Ontem, vimos
noticiar o lado criminoso do uso da Internet, hoje, estamos falando do
lado luminoso¨, comentou o presidente do NIC.br, Demi Getschko. ¨Esse
é o início de uma mobilização maior na área de prevenção¨, disse a
promotora Ana Lúcia Melo.

¨O concurso é uma maneira de retirar o adolescente da posição de
vítima para ser ator. A Google estará contribuindo para a divulgação
dessa iniciativa¨, complementa o diretor de Comunicação da Google,
Felix Ximenes. ¨As crianças estão começando a usar a Internet com
menos de 7 anos e, muitas vezes, não tem alguém para orientá-las. E a
gente sabe que existem muitos problemas na Internet. Não podemos
esquecer que o jovem é o futuro de amanhã¨, alertou Daniela Marques,
16 anos, representante da Rede Sou de Atitude. ¨O jovem é também o
presente¨, reforçou Fabrício Nunes, gestor de projetos da Petrobras.

¨Pensando como pai de uma adolescente de 9 anos, fico apavorado para
saber o que ela está vendo na Internet. É responsabilidade nossa
eliminar o que é ruim na Internet. A Propeg estará trabalhando junto
com a SaferNet¨, assegurou o presidente da Propeg, Fernando Barros.
¨A SaferNet sozinha não consegue fazer nada. Somos o somatório dos
parceiros¨, disse o presidente da SaferNet, Thiago Tavares.

Algumas Dicas para começar a fazer o vídeo que podem ser conferidas
pelo site www.tecnologiasim.org.br:

Quando você publica uma foto na Internet, ela passa a ser pública, ou
seja, todo mundo pode vê-la. Já pensou nisso? Quais os riscos que
imagina?
Há adultos que se passam por crianças ou adolescentes na Internet. Por
que eles fazem isso? Quais dicas daria para seus amigos se protegerem?
Imagine que tem um “amigo” virtual que se propõe a lhe encontrar. Você
percebe algum problema nisso? Qual ou quais?

Critérios que serão considerados pelos jurados nacionais e internacionais:

1. Conteúdo
. Relevância da mensagem
. Coerência com a promoção dos Direitos das Crianças e Adolescentes
. Clareza na exposição do tema

2. Criatividade e Originalidade
Sobre a SaferNet Brasil
A SaferNet Brasil é uma associação civil sem fins lucrativos e
econômicos, sem vinculação político-partidária, nem religiosa, nem
racial, fundada em 20 de dezembro de 2005, por um grupo formado por
cientistas da computação, professores universitários e pesquisadores.
A SaferNet Brasil criou a Central Nacional de Denúncias de Crimes
Cibernéticos (www.denuncie.org.br) que, desde 2006, oferece o serviço
de recebimento, processamento, encaminhamento e acompanhamento on-line
de denúncias anônimas sobre qualquer crime ou violação aos Direitos
Humanos praticado por meio da Internet. O serviço, operado em parceria
com o MPF, o DPF e o Disk 100 do Governo Federal, atende os rígidos
padrões técnicos e operacionais fixados pelos organismos de
padronização e certificação internacionais.

A Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos é única na
América Latina e Caribe, e recebe uma média de 350 denúncias (únicas,
não duplicadas) por dia envolvendo páginas contendo evidências dos
crimes de Ponografia Infantil ou Pedofilia, Racismo, Neonazismo,
Intolerância Religiosa, Apologia e Incitação a crimes contra a vida,
Homofobia e maus tratos contra os animais.

Para realizar este trabalho, foi desenvolvido um sistema automatizado
de gestão e rastreamento de denúncias que permite ao internauta
acompanhar, em tempo real, cada passo do andamento da denúncia
realizada por meio da Central Nacional de Denúncias de Crimes
Cibernéticos. Do total de denunciantes, 99% escolhe a opção de
realizar a denúncia anonimamente. E ao 1% restante é garantido total e
completo anonimato. O projeto conta com o apoio do Comitê Gestor da
Internet no Brasil (CGI.br), do programa Desenvolvimento e Cidadania
da Petrobras; da Rede Nacional de Pesquisa
(RNP) e da Universidade Federal da Bahia (UFBA).